O câncer de próstata é uma doença séria que ainda não recebe a devida atenção por parte da população masculina. Só para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), um homem morre vítima da doença a cada 38 minutos no Brasil.
Parte dessas mortes poderia ser evitada se os diagnósticos fossem realizados na fase inicial da doença. Quando o tumor é descoberto no começo, o risco de metástase é menor e as chances de cura chegam a 90%.
CÂNCER DE PRÓSTATA: OS FATORES DE RISCO E COMO PREVENIR
A recomendação é que todos os homens acima dos 50 anos realizem exames de rotina. “Pessoas que estejam na faixa de risco, composta por homens acima de 50 anos, com histórico familiar, precisam discutir com seu médico sobre o rastreamento e os exames necessários. Mas, em geral, todos os homens devem fazer acompanhamento anual”, explica André Fay, oncologista do Grupo Oncoclínicas no Rio Grande do Sul.
A prevenção deve começar pelo menos 5 anos antes, em casos de homens negros ou com antecedentes familiares, já que esses compõem o grupo de risco.
O câncer de próstata é o segundo o mais incidente entre os homens, ficando atrás apenas do carcinoma de pele não-melanoma. De acordo com uma estimativa do INCA , até o fim deste ano, o biênio 2018-2019 terá somado 68.220 novos casos da doença. Tal número corresponde a sete diagnósticos a cada hora no país.
O câncer de próstata é o segundo mais incidente no Brasil
Exames preventivos são fundamentais
O câncer da próstata pode ser identificado com a combinação de dois exames: a dosagem de PSA, que é um exame de sangue, e o toque retal, que permite ao médico palpar a próstata e perceber se há nódulos ou tecidos endurecidos.
Embora coberto de preconceitos, o toque é um exame rápido e indolor e dura, em média, apenas sete segundos.
Quando há alguma suspeita, é realizada a biópsia, o único procedimento capaz de confirmar o câncer. A retirada de amostras de tecido da glândula para análise é feita com auxílio da ultrassonografia.
Outros exames de imagem também podem ser solicitados, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea para verificar se os ossos foram atingidos pela doença.
Fonte: Catraca Livre / INCA